quarta-feira, 30 de maio de 2012

Temporada 2012: Pisco & Chimborazo & Huayhuash com Diablo Mudo

Saídas confirmadas:
06 a 17/07 - Ascensão Pisco - 5.752m
28/07 a 08/08 - Ascensão Chimborazo - 6.310m
11 a 25/08 - Trekking Huyahuash com Diablo Mudo - 5.360m 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

E Shiva nos salvou

Amanhã embarco para o Peru, para a temporada de trekking e escalada, Cordilleira Huayhuash com escalada do Diablo Mudo, Tocllaraju - 6.032 e Chopicalqui - 6.354 metros. Estava em um jantar de despedida com minha esposa e lembrávamos de nossos quase seis meses de Nepal. Boas memórias. Rimos muito ao recordar de nosso trekking ao campo base do Kanchenjunga, terceira maior montanha do mundo, principalmente da viagem de Katmandu a Basantpur, de onde começamos a caminhar. Foram 24 horas em um ônibus local assustador. Chegamos a "rodoviária" local com o dia ainda escuro, a penumbra escondia o que nos esperava. Era um estacionamento lamacento cheio de latas velhas e lotado de nepaleses que mais parecia a Índia, desordem total! Todo o tipo de coisas eram embarcadas, vimos até uma moto sendo içada (por pessoas) até o teto do ônibus.       
Dufles e cargas devidamente instaladas, hora de embarcar, nosso prestativo sidar comprou assentos nobres, na primeira fileira. O ônibus era uma atração a parte, por fora ricamente pintado com figuras hinduístas e flores de lótus, na traseira um inacreditável letreiro: "horn please", sim lá eles gostam e pedem que as pessoas buzinem, mais tarde descobrimos o porquê, as estradas sinuosas têm apenas uma pista, mas são de mão dupla, ou seja, a buzina é um item de segurança que grita: estou aqui, pare e deixe-me passar. A decoração era completada por triângulos, sim, o que para nós é item de segurança, na versão nepalesa é enfeite. Eles usam pregados na frente dos ônibus e caminhões formando desenhos!
Mas o mais incrível era uma figura de Shiva iluminada no painel, com luzes vermelhas, verdes e azuis intercaladas como uma fonte de praça de cidade do interior, antes de partir o motorista acendeu um incenso e fez suas preces. Por via das dúvidas fizemos nossa silenciosa reverência ao homem-azul... Tomamos nosso Bonine (Dramin) para apagar, afinal a viagem era longa e a cadeira do tamanho de uma criança de 8 anos, sem contar a excesso de passageiros e umas moças faceiras que achavam que o braço e o encosto de nossas cadeiras estavam disponíveis para se alojarem.
Devidamente dopados, dormimos, acordo já escuro novamente, meio assombrado pela figura de luzes coloridas no painel. Quando olho para fora uma forte neblina limita a visão a uns 2 metros, observo o motorista que com um semblante plácido parecia dirigir na Bandeirantes, quando um clarão vem em sentido oposto e buzina, tirando uma fina terrível do ônibus. Decido que se for para morrer é melhor que seja dormindo e apago novamente. Sou acordado pelo nosso sidar. Feliz por ter chegado descubro que uma ponte havia caído na última monção, teríamos que cruzar o rio a pé sobre um emaranhado de bambus e pegar outro ônibus que ficou ilhado do outro lado. Lembrando disso agora me esqueço do desconforto e das apreensões. E penso em minha viagem de amanhã.
O Nepal e o Himalaia são maravilhosos, mas o Peru é um parque de diversões de montanha do primeiro mundo. O ônibus que liga Lima a Huaraz tem dois andares e assentos de primeira classe de avião, serviço de bordo, cobertor e travesseiro, com direito a DVD de filmes recentes e a fosforescente Inka-cola e todos vão sentados. Sem paradas, em 8 horas chegamos.
Para quem não conhece o Peru, recomendo. Montanhas belíssimas, povo amável, comida maravilhosa e perto de casa! Amanhã há esta hora estarei em um dos meus destinos de montanha prediletos.
Até agosto!




        

segunda-feira, 4 de abril de 2011

EXPEDIÇÃO HONGU & KHUMBU & AMPHU LAPSA - 5.874 metros



Esta excepcional aventura pelo Himalaia, seguindo a clássica rota das expedições ao Mera Peak. Após atravessarmos o espetacular  Mera La – 5.400 m, nos direcionamos a leste pela imensidão das montanhas do Upper Hongu Valley. Caminhamos entre as altas torres do Chamlang, com o Lhotse (quinta maior montanha do mundo – 8.540 m) e o Everest visíveis por todo tempo, até alcançar os lagos sagrados de Panch Pokhri. A partir daí, fazemos a dificil travessia do Amphu Labsta (5.874 m) e nos deparamos com o vale do Khumbu. Em quatro dias descemos pelas trilhas do Everest, passaremos pela capital Sherpa, Namche Bazaar, e completamos nosso circuito de trekking em Lukla. Mais do que uma viagem de trekking, esta é uma das mais interessantes e desafiadoras jornadas de montanha entre cenários de tirar o fôlego. 

Saída: 01 de Outubro
Retorno: 26 de Outubro

Grau de Dificuldade: Intenso

Para maiores informações: 11 8308-1144 ou fer.cruz@uol.com.br








 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Trekking Huayhuash/2011


O trekking na Cordilheira Huayhuash é muito mais do que uma aventura. Em sua imensidão, o viajante que explora estas montanhas se depara com picos inacessíveis que parecem estabelecer pontos de união entre a terra e o céu.
Localizada a 110 km à sudoeste da Cordilheira Blanca, no estado de Ancash, a Cordilheira Huayhuash é uma cadeia de montanhas compacta e possivelmente a mais esplêndida dos Andes peruanos. Possui apenas 30 km de distância de norte a sul e lá se localiza a segunda mais alta montanha do Peru: Yerupajá, com 6.634 m.
Em geral, os geógrafos dividem os Andes peruanos em 20 cordilheiras. O circuito de aproximadamente 160 km ao redor do maciço de Huayhuash é uma das mais espetaculares rotas de trekking do mundo. Apesar de ser uma caminhada árdua, traz como recompensa paisagens de beleza insuperável, com vistas de picos de mais de 6.000 m de altitude com faces escarpadas, lagos de cor turquesa, bosques, riachos de águas cristalinas e pequenas comunidades andinas.

Saída: 02 de julho
Retorno: 17 de julho

Para maiores informações: 11 8308-1144 ou fer.cruz@uol.com.br 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Aconcagua 2011




Itinerário resumido realizado


Dia 1 – 17/1 - Chegada em Mendoza.
Dia 2 – 18/1-  Logística
Dia 3 – 19/1 - Logística
Dia 4 – 20/1-  Bus para Penitentes. Trekking 6 horas até Pampa de Leñas.
Dia 5 – 21/1-  Trekking 6 horas até Casa de Piedras 3.400 metros.
Dia 6 – 22/1-  Aclimatação com mais uma noite em Casa de Piedras.
Dia 7 – 23/1 Trekking de Casa de Piedras para Plaza Argentina.
Dia 8 – 24/1 - Descanso em Plaza Argentina- 4.200 metros.
Dia 9 – 25/1 - Porteio para campo 1 baixo - 4.700 metros.
Dia 10 – 26/1 - Passeio de aclimatação até “legit camp1” - 5.000 metros.
Dia 11 – 27/1 - Movemos o campo para campo 1 baixo.
Dia 12 – 28/1 - Porteio para legit camp1e passeio até Ameghino Col – 5.200 metros.
Dia 13 – 29/1 - Movemos do campo 1 baixo para legit camp 1
Dia 14 – 30/1 - Porteio do legit camp 1 para Ameghino Col.
Dia 15 – 31/1 - Movemos de legit camp 1 para Campo 3 Guanacos – 5.400 metros
Dia 16 – 1/2  - Retornamos ao Ameghino Col, para recolher os equipos.
Dia 17 – 2/2 - Porteio para Colera – 6.000 metros.
Dia 18 – 3/2 –Descanso – Campo 3 Guanacos – 5.400 metros
Dia 19 – 4/2 - Movemos para Colera – 6.000 metros
Dia 20- 5/2 -  Ataque  e retorno devido ao frio nos pés. Descanso

Dia 21 – 6/2 – Descanso com muitos ventos.
Dia 22 – 7/2 - Cume e volta para Colera
Dia 23 – 8/2 - Colera para Plaza de Mulas
Dia 24 – 9/2 – Trekking de Plz. Mulas para Horcones, entrada do parque.
Dia 25 – 10/2 – Bus de Penitentes para Mendoza.
Dia 26 – 11/2 - Mendoza.
Dia 27 – 12/2 – Mendoza – São Paulo.



Resumo da altimetria:

Uma noite a 2.700 metros – Pampa de Leñas.
Duas noites a 3.400 metros – Casa de Piedras.
Quatro noites a 4.200 metros – Plz. Argentina.
Duas noites a 4.700 metros – Campo 1 baixo.
Duas noites a 5.000 metros – Camp 1 legit.
Quatro noites a 5.400 metros – Camp3 Guanacos.
Quatro noites a 6.000 metros – Colera.
Uma noite a 4.200 metros – Plz. Mulas.

Total de 20 noites na montanha em barraca.

Helvecio Borges
Fernando Cruz




domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cume de Aconcagua em 8h10

Chegamos lá em cima, esta é a expressão usado pelos espanhóis que frequentam o Aconcagua. Pois assim é em toda montanha, aproximação, aclimatação e ataque. Só não falamos do período de maturação e aí temos quase uma vida, um longo período de preparação. Por isso, expedições comerciais são um tema delicado. O cliente paga, treina seis meses, corre alguns quilometros e se diz pronto para a montanha.   
A nossa expedição durou 21 dias, fizemos cume no decimo nono dia, após duas tentativas. Foram cinco noites acima dos seis mil metros, tudo isso com prazer, sem sofrimento. Por que? Base no período de aclimatação foi a chave para esta e qualquer montanha. Subimos leves e algumas vezes pesados, dormimos em quase todos os acampamentos do lado de Plaza Argentina, Falso Polacos. Transitamos pela montanha como se estivessemos na serra fina, construimos a base, tijolo por tijolo, não desafiamos nada, recuamos durante as tempestades, passo a passo e assim chegou a hora do cume. Quebramos a regra de um ataque noturno, já que não estavamos em um glaciar e que conheciamos bem a montanha, entao saimos às 07h30 com sol e chegamos ao cume às 15h50.
Helvecio Borges, amigo de encordada, obrigado.









quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Contagem Regressiva

Há 12 dias do início da minha primeira expedição da temporada, o frio na barriga, as borboletas no estômago incomodam, por que? A primeira vez que estivesse no Aconcagua foi em 1998 e durante estes quase 12 anos de viagens para esta grande montanha, ainda fico ansioso, revendo a estrategia, diariamente checando as condições climáticas, fazendo releituras sobre alimentaçao em alta montanha, desempenho fisico acima dos seis mil metros, ou seja, tudo que já fiz, li nestes últimos anos.
É curioso porque isso não acontece na vespera de temporada de Cordilheira Blanca ou Nepal, que acabam sendo mais longas e com outras e talvez mais complicações do que o Aconcagua. Enfim quase tudo realizado, o treinamento na reta final, neste fds o último pedal longo de 160 k e mais alguns quilometros de corrida. O equipamento está perfeito, acabo de comprar uma bota La Sportiva, modelo Batura para testar no gigante andino.
Agora, contagem regressiva...
         

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Começa a temporada

Após um final de semana de montanha em nosso Himalaia, Serra Fina, parto amanhã para Lima e em seguida para Huaraz para o início da temporada de Codilleira Blanca. A subida do Alto do Capim Amarelo foi um trekking sensacional e um excelente treino para o grupo que irá realizar o programa Grandes Montanhas do Peru.

Fomos contemplados com uma enorme lua cheia e o clima não poderia ser melhor.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Treino de Montanha

No final de semana do dia 25 a 27, estaremos na Serra Fina, para subirmos o Alto do Capim Amarelo - 2.560 metros. A Serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa que se estende por três estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A serra tem uma formação geológica datada da era arqueana (período entre 3,85 bilhões e 2,5 bilhões de anos atrás, aproximadamente) e compreende um maciço rochoso que possui grande área de terras altas, entre mil e quase três mil metros de altitude. Na Serra da Mantiqueira existem diversas unidades de conservação, como a área de proteção ambiental Serra da Mantiqueira, dividida entre os três estados, o Parque Nacional do Itatiaia, dividido entre Minas e Rio, e os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro e Serra do Papagaio (Minas) e Campos do Jordão (São Paulo).
A Serra Fina está inserida neste contexto com mais de doze montanhas acima dos 2.000 metros de altitude. Localiza-se entre o Parque Nacional de Itatiaia e o Maciço Itaguaré – Marins, próxima a cidade de Passa Quatro no Sul de Minas Gerais.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

INICIO DOS TREINOS LONGOS

A rotina de treinos longos nesta época coincide com os últimos treinos dos corajosos meninos que estão se preparando para a desafiadora prova do Iron. Ontem, domingo, o relógio despertou as cinco horas da matina e a extensa lista já repassada na noite anterior começa a tomar forma. Café da manha em quinze minutos com a minha querida esposa que passou a noite em claro trabalhando em um projeto que apresentou nas horas seguintes. Dois faxes programados, porem só um concretizado, o processo de  hidrataçao para o treino fechado, enfim tudo pronto. Às 5h38 saio de carro em direçao à D.Pedro, com uma parada na casa do meu amigo Wagnão. Em uma hora estamos no posto BR, nos alongando e preparando para o primeiro longo e último 180 k dos meninos do Iron. Meu objetivo era fazer um pedal de 160 k. O circuito é de 60 k, com um pequeno trecho de serra. O carro de apoio com o treinador Orlando (orlandotriathlon@terra.com.br) estava a postos e assim largamos para a primeira perna de 60 k. Saimos em doze: ciclistas, triatletas e eu. A frequencia sobe, a energia do pelotão é forte, o colorido dos atletas invade a rodovia em meio a uma nuvem, o vento que bate gela, sensaçao termica de aproximadamente 6 graus !!!! 
Um treino deste exige muita concentração, o mesmo que acontece nos dias de cume. Quase tudo o que acontece em um dia deste, é semelhante a situaçao na montanha, exceto quando termina. Quando estamos na montanha voltamos para o acampamento, nossa casa, com confortos limitados. Diferente do treino, que voltamos para a nossa casa de verdade e com confortos ilimitados.
A manhã de domingo transcorreu de forma planejada, fiz 3 voltas, sendo 2 de 60 k e uma de 50 k, fechei o treino com 170 k, em 5h56, velocidade média de 28,8 k/h, claro cansado porém extremamente feliz. Um treino destes voce acaba fazendo praticamente sozinho, você com você, em seus pensamentos, com os seus batimentos dizendo o quanto e quando a "familia urso chegará", é um jogo de concentração. A rodovia D.Pedro tem um visual lindo, da represa e das montanhas de Piracaia. Vale a pena !!!!!

A TEMPORADA DE INVERNO ESTÁ FERVENDO

Confirmadas as saída:
  • Cotopaxi de 12 a 22 de julho
  • Grande Montanhas do Peru de 24 de julho a 14 de agosto
  • Trekking Campo Base do Alpamayo de 14 a 23 de agosto
  • Escalada do Pisco e Chopicalqui de 23 de agosto a 7 de setembro
Mais detalhes sobre os programas nas páginas acima ou entre em contato comigo (11) 8308-1144 ou fer.cruz@uol.com.br